Um dos pontos fundamentais da
consolidação da literatura sul-mato-grossense foi a publicação do livro
"Camalotes e Guavirais" do escritor Ulisses de Almeida Serra, lançado
no Hotel Campo Grande, em 13 de outubro de 1971.
Após a fundação, intelectuais
da época foram convidados a integrarem a primeira formação das cadeiras da
Academia. Foram indicados nomes como J. Barbosa Rodrigues, Júlio Alfredo
Guimarães, Hugo Pereira do Vale, Antônio Lopes Lins, a professora Maria da
Glória de Sá Rosa, Jorge Antônio Siufi, o escritor José Couto Vieira Pontes (o
primeiro Procurador Geral do Estado de Mato Grosso do Sul), o escritor Hélio
Serejo, Otávio Gonçalves Gomes, entre outros.
A partir de então, o
movimento literário foi se ampliando, foram lançados novos livros e a
instituição lançou uma série chamada Edições Acadêmicas, para divulgar os
textos dos integrantes da academia. “As sementes do que iria se tornar a
literatura sul-mato-grossense foram lançadas por meio deste movimento”, lembrou
Rubênio.
O também acadêmico José
Barbosa Rodrigues, diretor e proprietário do Jornal Correio do Estado, foi um
dos grandes incentivadores da literatura do Estado recém criado. Ele foi o
responsável pela edição do Suplemento Cultural da academia, a publicação
cultural ininterrupta mais antiga do Brasil. Os textos são todos dos membros da
academia.
Apesar de ser uma instituição
tradicional, Rubênio Marcelo garante que a Academia Sul-Mato-Grossense de
Letras tem um público diversificado. “(...) Os jovens
procuram nossa casa para fazer trabalhos de escola, entrevistam nossos
acadêmicos, nos convidam para ministrar palestras em suas escolas. Jovens na
faixa dos 18 anos é um público maior do que os tradicionalistas. Temos também
eventos voltados para um público de mais idade, como os Chás Acadêmicos, nos
quais ministramos palestras. Enfim, temos atividades para pessoas das mais diversas
faixas etárias”, afirmou.
E para comprovar o interesse
do público jovem pela literatura, o secretário destacou uma pesquisa recente
sobre a análise da leitura nacional. De acordo com ele, a pesquisa mostrou que
a poesia tem uma grande aceitação, pois mais de 26 milhões de pessoas estão
lendo poesia no Brasil. “A poesia é o 5° gênero mais lido no Brasil, e grande
parte deste percentual pertence à faixa etária até 18 anos de idade. E são
alunos de escolas públicas. Isso prova que os trabalhos que a gente vem
fazendo, de oficinas literárias e lítero-musicais dentro das escolas estão
surtindo efeito. A poesia está viva. O público jovem está interessado, sim, em
literatura”, comemorou.
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