segunda-feira, 2 de junho de 2014

A história da expressão literária de MS

                Um dos pontos fundamentais da consolidação da literatura sul-mato-grossense foi a publicação do livro "Camalotes e Guavirais" do escritor Ulisses de Almeida Serra, lançado no Hotel Campo Grande, em 13 de outubro de 1971.
                Após a fundação, intelectuais da época foram convidados a integrarem a primeira formação das cadeiras da Academia. Foram indicados nomes como J. Barbosa Rodrigues, Júlio Alfredo Guimarães, Hugo Pereira do Vale, Antônio Lopes Lins, a professora Maria da Glória de Sá Rosa, Jorge Antônio Siufi, o escritor José Couto Vieira Pontes (o primeiro Procurador Geral do Estado de Mato Grosso do Sul), o escritor Hélio Serejo, Otávio Gonçalves Gomes, entre outros.
                  A partir de então, o movimento literário foi se ampliando, foram lançados novos livros e a instituição lançou uma série chamada Edições Acadêmicas, para divulgar os textos dos integrantes da academia. “As sementes do que iria se tornar a literatura sul-mato-grossense foram lançadas por meio deste movimento”, lembrou Rubênio.
                 O também acadêmico José Barbosa Rodrigues, diretor e proprietário do Jornal Correio do Estado, foi um dos grandes incentivadores da literatura do Estado recém criado. Ele foi o responsável pela edição do Suplemento Cultural da academia, a publicação cultural ininterrupta mais antiga do Brasil. Os textos são todos dos membros da academia.
                 Apesar de ser uma instituição tradicional, Rubênio Marcelo garante que a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras tem um público diversificado. “(...) Os jovens procuram nossa casa para fazer trabalhos de escola, entrevistam nossos acadêmicos, nos convidam para ministrar palestras em suas escolas. Jovens na faixa dos 18 anos é um público maior do que os tradicionalistas. Temos também eventos voltados para um público de mais idade, como os Chás Acadêmicos, nos quais ministramos palestras. Enfim, temos atividades para pessoas das mais diversas faixas etárias”, afirmou.
                  E para comprovar o interesse do público jovem pela literatura, o secretário destacou uma pesquisa recente sobre a análise da leitura nacional. De acordo com ele, a pesquisa mostrou que a poesia tem uma grande aceitação, pois mais de 26 milhões de pessoas estão lendo poesia no Brasil. “A poesia é o 5° gênero mais lido no Brasil, e grande parte deste percentual pertence à faixa etária até 18 anos de idade. E são alunos de escolas públicas. Isso prova que os trabalhos que a gente vem fazendo, de oficinas literárias e lítero-musicais dentro das escolas estão surtindo efeito. A poesia está viva. O público jovem está interessado, sim, em literatura”, comemorou.

Referência: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-historia-da-expressao-literaria-de-ms

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